Friday, April 23, 2010
Música de Abril VI
Fala do Homem Nascido
Venho da terra assombrada
do ventre de minha mãe
não pretendo roubar nada
nem fazer mal a ninguém
Só quero o que me é devido
por me trazerem aqui
que eu nem sequer fui ouvido
no acto de que nasci
Trago boca pra comer
e olhos pra desejar
tenho pressa de viver
que a vida é água a correr
Venho do fundo do tempo
não tenho tempo a perder
minha barca aparelhada
solta o pano rumo ao norte
meu desejo é passaporte
para a fronteira fechada
Não há ventos que não prestem
nem marés que não convenham
nem forças que me molestem
correntes que me detenham
Quero eu e a natureza
que a natureza sou eu
e as forças da natureza
nunca ninguém as venceu
Com licença com licença
que a barca se fez ao mar
não há poder que me vença
mesmo morto hei-de passar
com licença com licença
com rumo à estrela polar
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12 comments:
É reconfortante voltar a ouvi-los.
Beijoca
Um tesouro!
Ouvimos uma, duas, muitas vezes e cada vez se gosta mais.
Belíssima Voz, Grande Samuel.
Bjs,
GR
Estavas a ir tão bem na selecção... :-)))
Abreijo.
Este fim de semana será em grande!
Beijão, AICeT
:)))
Muito bem escolhido, Maria!!
Beijinhos de Abril (e trata bem o homem amanhã...:)))))
A voz e as palavras!
Caramba, Maria, voltou-se-me a eriçar a pele...mesmo morto hei-de passar!
Um abraço e bom fim-de-semana.
Continuas a acertar em cheio para prazer dos ouvintes!
Abraço
Mal viramos costas
lá tu mais musiquinha postas
e aqui ouvi mais uns quantos
para bem de nossos encantos
alembraduras, de ternuras :)
beijo e bom fim-de-semana
Continua que estás a ir muito bem...
Um beijo grande e um cravo de Abril.
Como me emocionas...
Um beijo.
Voz magnífica!
Desejaria que a captação de som fosse do nível do cantor.
Mas é o meu feitio miudinho e o Samuel merecia...
Bom Domingo!
Beijinho.
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