Acolho-te no meu colo, barco
vens cansado da faina e tens frio
lança a âncora aqui ao largo
e descansa teu corpo vazio
A gaivota que te acompanha, grita
quer comida para dar aos filhos
volteia e revolteia, só e aflita
sem saber se os cabazes estão vazios
Descansa com a noite, barco
que o sol já se pôs em fogo ardente
amanhã terás de te fazer ao mar
porque é assim a vida da nossa gente.
Tuesday, January 24, 2012
Faina
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13 comments:
Lindo demais Maria.
Um abraço
Lindos, o texto e a foto. Mas olha que há quem tenha uma vida pior, lembra-te do "sem-abrigo de Belém"...
Abreijo.
Vida difícil, com o perigo à espreita...
Belos, o poema e a imagem.
Beijinho da flor
Mesmo que os cabazes venham vazios amanhã têm de se fazer ao mar.
Um abraço,
mário
Vida de pescador, vida de dor!
Abraço
Só para não esquecermos: os barcos de pesca que ainda temos; os poucos que restaram da ofensiva destruidora da nossa frota, ordenada pelo então primeiro-ministro Cavaco...
Um beijo grande.
...ficamos presos na foto...e envoltos na palavra que nos toca...
Beijo.
gostei bastante!
Um colo para acolher, do dia, da luta. Descansar, para retornar a luta.
Linda a imagem.
Lembrei do nosso passeio quando paramos e fiquei fotografando, o mar, as gaivotas, o sol se pondo. Mais uma vez obrigada pelos belos momentos.
beijo
Que o amanhã espera ...sempre!
Te agradeço tu visita: mesmo sem palavras senti o teu apoio: não o esquecerei. Muito obrigada minha jóia. Te admiro!
Bj
Querida amiga.Gostei das palavras ao homem do mar e sua faina.O seu corpo será sempre um vazio,sem saber o que o mesmo lhe reserva,e sua busca nos sonhos e no pão,gostei minha amiga.
Um beijinho
Há tantas vidas duras! E o teu poema di-lo, com ternura!
Gostei desta ternura lida num começo de noite...!
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