Sunday, August 25, 2013

Pequeno poema


Klimt, Mãe e Filho

Quando eu nasci,
ficou tudo como estava.
Nem homens cortaram veias, nem o Sol escureceu, nem houve Estrelas a mais... Somente, esquecida das dores, a minha Mãe sorriu e agradeceu.
Quando eu nasci, não houve nada de novo senão eu.
As nuvens não se espantaram, não enlouqueceu ninguém...
P'ra que o dia fosse enorme, bastava toda a ternura que olhava nos olhos de minha Mãe...

(Sebastião da Gama)

5 comments:

Justine said...

Como eu gosto desse poema triste e belo!

Filoxera said...

Abraço.
Sem prazo de validade...
:-)

Mar Arável said...

Uma ternura

Bj

samuel said...

Quando se nasce... tudo parece simples. Dez segundos depois já não é!

Beijo.

Manuel Veiga said...

um grande poeta - um tanto ou quanto desvalorizado...

beijo