Chove por dentro do meu peito
O dilúvio enche as ruas da minha idade
Faz correr o rio da saudade
E perde-se no desejo por desaguar
Chove por dentro do meu peito
Sempre que me danço só para te encontrar
Chove no caos da minha mão
A semente da vida cobre o tanto de mim
Faz nascer um mundo em tons de jardim
Que, louco, se abre de fogo que não me pode queimar
Chove no caos da minha mão
Sempre que canto só para te encontrar
Chove na revolta do fundo da casa
O céu maior de uma lágrima em tom cinzento
Faz crescer o futuro do meu maior sustento
E desperta os vazios de ir e de ficar
Chove na revolta do fundo da casa
Sempre que choro só para te encontrar
Pedro Branco
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