Não me digam mais nada senão morro
aqui neste lugar dentro de mim
a terra de onde venho é onde moro
o lugar de que sou é estar aqui.
Não me digam mais nada senão falo
e eu não posso dizer eu estou de pé.
De pé como um poeta ou um cavalo
de pé como quem deve estar quem é.
Aqui ninguém me diz quando me vendo
a não ser os que eu amo os que eu entendo
os que podem ser tanto como eu.
Aqui ninguém me põe a pata em cima
porque é de baixo que me vem acima
a força do lugar que for o meu.
********************************
(esta é a minha homenagem ao Zé Carlos no
dia em que passam 23 anos que nos deixou)
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20 comments:
Bonita homenagem, lembrando um dos seus belos poemas!
Beijinhos
Junto a minha, a tua homenagem.
Foi uma pena ter-nos deixado tao cedo!
Um abraco fornense.
aqui (também) ninguém me põe a pata em cima !!
um abraço para ti
Maria
Obrigada, queria tb colocar aqui um poema do Ary, mas estou mt cansada, talvez mais tarde.
Um beijo
Bonita mensagem! Deixou de estar fisicamente,mas espiritualmente está bem presente e pode orgulhar-se de ter bons amigos.
Bjo
ary que nuinca se esquece!!
Um abraço
Bonita homenagem a tua,
Devemos ser sempre nós, não nos deixarmos levar pelo que nos querem impor.
beijos
Bem lembrado!
Nunca gostei da pessoa, mas sempre amei a sua poesia.
Que talento enorme!
Ando a ver se compro a obra poética de Ary.
Parece que está esgotada.
Vou continuar a busca. Se alguém puder dar uma ajuda!...
23 anos! Como o tempo passa! A força e o ritmo e a beleza das suas palavras, essas nunca passsarão.
Bem hajas pela homenagem e por nos recordares esta data
bjs
Genial Ary que nos deixou tão cedo!
Belo o poema que escolheste, aliás era impossível escolher de outra maneira!
Agradeço a recordação...
.............
fizeste muito bem
para quem merece, tudo, ainda é pouco
.............
Noite serena
Poeta é certo mas de cetineta
fulgurante de mais para alguns olhos
bom artesão na arte da proveta
narciso de lombardas e repolhos.
Cozido à portuguesa mais as carnes
suculentas da auto-importância
com toicinho e talento ambas partes
do meu caldo entornado na infância.
Nos olhos uma folha de hortelã
que é verde como a esperança que amanhã
amanheça de vez a desventura.
Poeta de combate disparate
palavrão de machão no escaparate
porém morrendo aos poucos de ternura.
José Carlos Ary dos Santos
(Maria vai ao meu Blog)
Um beijinho enorme para a tua sobrinha-neta (não sei o nome?) e obrigada pelo comentário Maria, que bom ler aquele carinho de 20 meses, hoje que até foi um dia complicado, deu-me um sorriso enorme.
Adorei, "um minhau".
... o tempo passa tão depressa...
´Beijinho Mary*
Uma linda homenagem Maria... merecida por alguém que nos deixou um legado tão rico em emoções.
Obrigado por partilhares este texto connosco.
Justa homenagem a um Poeta que adoro! Imortal. Beijos.
Muito obrigada por terem aqui também homenageado o Poeta!
Ontem passei mas não consegui comentar.
Para me juntar à tua homenagem deixo-te um poema que escrevi sobre Ary:
És um cavalo à solta,
corajoso,
robusto e inquieto,
Com vontade de
correr o mundo
de lés a lés,
À procura
dos sonhados
campos da liberdade...
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