naquela tarde de todos os encontros a ideia gerMinou tal qual poema voou nas folhas leves do outono que em bando de amizade se fez gente e no meio de todAs as palavras daquelas ditas e pensadas e das que poR medo se calaram parImos um poema de ternura que magia e amizAde conceberam; no final dessa chuvosa tarde refrescámos nossos coraçõeS das palavras sangradas e caladas Esquecidas perante as ilusões e para além do nosso enorme abraço sobra-nos este Calor amigo desaguado como rio na foz, neste porto feIto mar e nesta vontade imensA de, de novo, te encontrar.
Dos especies de manos se enfrentan en la vida, brotan del corazón, irrumpen por los brazos, saltan, y desembocan sobre la luz herida a golpes, a zarpazos.
La mano es la herramienta del alma, su mensaje, y el cuerpo tiene en ella su rama combatiente. Alzad, moved las manos en un gran oleaje, hombres de mi simiente.
Ante la aurora veo surgir las manos puras de los trabajadores terrestres y marinos, como una primavera de alegres dentaduras, de dedos matutinos.
Endurecidamente pobladas de sudores, retumbantes las venas desde las uñas rotas, constelan los espacios de andamios y clamores, relámpagos y gotas.
Conducen herrerías, azadas y telares, muerden metales, montes, raptan hachas, encinas, y construyen, si quieren, hasta en los mismos mares fábricas, pueblos, minas.
Estas sonoras manos oscuras y lucientes las reviste una piel de invencible corteza, y son inagotables y generosas fuentes de vida y de riqueza.
Como si con los astros el polvo peleara, como si los planetas lucharan con gusanos, la especie de las manos trabajadora y clara lucha con otras manos.
Feroces y reunidas en un bando sangriento avanzan al hundirse los cielos vespertinos unas manos de hueso lívido y avariento, paisaje de asesinos.
No han sonado: no cantan. Sus dedos vagan roncos, mudamente aletean, se ciernen, se propagan. Ni tejieron la pana, ni mecieron los troncos, y blandas de ocio vagan.
Empuñan crucifijos y acaparan tesoros que a nadie corresponden sino a quien los labora, y sus mudos crepúsculos absorben los sonoros caudales de la aurora.
Orgullo de puñales, arma de bombardeos con un cáliz, un crimen y un muerto en cada uña: ejecutoras pálidas de los negros deseos que la avaricia empuña.
¿Quién lavará estas manos fangosas que se extienden al agua y la deshonran, enrojecen y estragan? Nadie lavará manos que en el puñal se encienden y en el amor se apagan.
Las laboriosas manos de los trabajadores caerán sobre vosotras con dientes y cuchillas. Y las verán cortadas tantos explotadores en sus mismas rodillas.
(Miguel Hernández) (30 de Outubro de 1910 - 28 de Março de 1942)
Falo-te das águas dos rios e das marés Falo-te das vinhas do vinho e do mosto Falo-te de Outubro e do mês de Agosto E das ondas que rebentam a meus pés Falo-te do mês de Setembro em duplicado Da vida, da morte, ou de um lamento Pois quando nos despimos a um tempo Tudo o resto perde todo o significado.
Las tierras, las tierras, las tierras de España, las grandes, las solas, desiertas llanuras, Galopa, caballo cuatralbo, jinete del pueblo, al sol y a la luna.
¡ A galopar, a galopar, hasta enterrarlos en el mar !
A corazón suenan, resuenan, resuenan las tierras de España, en las herraduras. Galopa, jinete del pueblo, caballo cuatralbo, caballo de espuma
¡ A galopar, a galopar, hasta enterrarlos en el mar !
Nadie, nadie, nadie, que enfrente no hay nadie; que es nadie la muerte si va en tu montura. Galopa, caballo cuatralbo, jinete del pueblo, que la tierra es tuya.
¡ A galopar, a galopar, hasta enterrarlos en el mar !
A Branca de Neve, a Bruxa e o Pinóquio encontram-se na floresta. - Sou a mais linda do mundo! - diz a Branca de Neve - Sou a mais feia do mundo ! - diz a Bruxa - Sou o maior mentiroso do mundo ! - diz o Pinóquio E então entram, um de cada vez, na Grande Caverna, para falarem com o Sábio da Floresta, possuidor do Espelho Mágico da Verdade. A Branca de Neve entra e sai muito feliz: - Sou mesmo a mais linda do mundo! A Bruxa entra também e sai toda sorridente: - Sou mesmo a mais feia do mundo! O Pinóquio entra por último, sai enfurecido e pergunta: - Fosga-se !!!! Quem é o Sócrates?
Meus amigos. Todos vós que eu amei E que também me amaram
Quando eu tiver partido Para a minha verdadeira pátria Não chorem a minha ausência. Revivam os bons momentos Que vivemos em conjunto E verão que a lembrança É também uma presença.
E eu, com o espírito livre Do peso da matéria Poderei percorrer o universo E ajudar aqueles a quem amei.
Então, se estiverem tristes Se estiverem desconsolados Pensem em mim, chamem por mim E logo de seguida eu estarei aí Para vos ajudar e vos consolar E vereis como é bom Ter um amigo no lado de lá.
E quando a vossa vez chegar De fazer a grande jornada Tão pouco chorem por Aqueles que por aqui deixam Pois isso não será um adeus Mas simplesmente um "até breve". Afinal… eu lá estarei Para vos receber.
Entraste devagarinho dentro de mim. E eu deixei. Inundaste-me com a alegria de um menino. E eu sorri. Dançámos todas as danças que havia para inventar. Estremeci e o teu coração bateu forte, apressado. No vai e vem das marés andámos por caminhos proibidos. E tu sabias. Demos as mãos com a ternura do amor primeiro. O nosso. Pintámos esse amor com o vermelho da paixão. Vivido. Das palavras que nos dissemos só uma ficou acordada. Falo da saudade Todas as outras adormeceram no tempo no dia na hora que não escolhemos Vejo os teus olhos que me sorriem e tu não me vês. Dou-te um abraço apertado que tu não sentes. Beijo-te o corpo sem te tocar e amo-te! Mantenho o teu cheiro, que guardo com todos os sentidos. Vives rente ao meu coração que ainda bate descompassado, por ti. Agora sou eu que quero sair de dentro de mim. Estilhaçar-me em mil pedaços. … e não consigo…
(Recebi o que se segue por e-mail, e porque já é a terceira vez que o recebo decidi partilhá-lo convosco. Aqui vai:)
Um velho árabe muçulmano iraquiano, a viver há mais de 40 anos nos EUA, quer plantar batatas no seu jardim, mas cavar a terra já é um trabalho demasiado pesado para ele. O seu filho único, Ahmed, está a estudar em França, e o velhote envia-lhe a seguinte mensagem:
Querido Ahmed, Sinto-me mal porque este ano não vou poder plantar batatas no jardim. Já estou demasiado velho para cavar a terra. Se tu estivesses aqui, todos estes problemas desapareceriam. Sei que tu remexerias e prepararias toda a terra. Beijos Papá
Poucos dias depois, recebe a seguinte mensagem:
Querido pai, Se fazes favor, não toques na terra desse jardim. Escondi aí umas coisas. Beijos Ahmed
Na madrugada seguinte, aparecem no local a polícia, agentes do FBI, da CIA, os SWAT, os Rangers, os Marines, Steven Seagal, Silvester Stallone e alguns mais da elite dos EUA, bem como representantes do Pentágono, da Secretaria de Estado, do Mayor, etc. Removem toda a terra do jardim procurando bombas, ou material para as construir, antrax, etc. Não encontram nada e vão-se embora, não sem antes interrogarem o velhote, que não fazia a mínima ideia do que eles buscavam.
Nesse mesmo dia, o velhote recebe outra mensagem:
Querido pai, Certamente a terra já está pronta para plantar as batatas. Foi o melhor que pude fazer, dadas as circunstâncias. Beijos
Em Agosto passado recebi o primeiro prémio Dardos, que aqui publiquei e agradeci. Em Outubro recebi três prémios Dardos, que também aqui publiquei e agradeci. Acabo de receber mais três prémios Dardos, e vou quebrar a regra que me tinha imposto, de apenas agradecer e mencionar quem me tinha distinguido com prémios, porque estas três nomeações cairam na sexta feira, dia 17, e somadas às anteriores já dão para NOMEAR TODA A GENTE que me visita! A Encosta do mar acaba de me distingir, hoje, com este prémio!
Este prémio tem como objectivo, e cito:
”Reconhecer os valores que cada blogueiro mostra a cada dia, seu empenho por transmitir valores culturais, éticos, literários, pessoais, etc. Em suma, demonstram sua criatividade através do pensamento vivo que está e permanece intacto entre suas letras, entre suas palavras. Este prémio foi criado com a intenção de promover a confraternização entre os blogueiros, uma forma de demonstrar carinho e reconhecimento por um trabalho que agregue valor à Web. Quem recebe o “Prémio Dardos” e o aceita deve seguir algumas regras:
- Exibir a distinta imagem - Linkar o blog do qual recebeu o prémio - Escolher quinze 15 blogs para entregar o Prémio Dardos".
Quem me premiou com este "Dardos":
Valsa Lenta, Mar de Chamas, Sentimentos, C Valente, As Mãos por dentro do Corpo, Fora de Sítio, Casa de Maio e Encosta do mar.
Sendo que deveria nomear 15 blogues por cada prémio, posso assim nomear 120, o que me facilita a vida! Estão nomeados todos os blogues linkados, mais os que me visitam e os que eu visito. Por favor não me obriguem a listá-los todos, aqui, e levem o prémio...
Resta-me agradecer, mais uma vez, aos 8 blogues que me premiaram. Muito Obrigada!
Em tempo: Acabo de receber mais um Dardos do blog A beira de água. Muito obrigada, e já sabes, estás também nomeado... :)
Depois da faina, o navio Já lá vai pelo mar fora! A faina foi dura e a carga Foi tanta que o alcatrate Quase que ficou rez-vez; Tinham que olhar com cuidado Aonde se punha os pés!
Mas tudo se fez e em bem!
O peor foi a noite perdida Sempre a mexer e a trabalhar Para o navio largar Ao romper da madrugada! Noite fria de Novembro Em que as estrelas tristes lá no céu Pareciam distantes e perdidas De tudo a que elas dão amparo e guia!
Parecia que a noite era infinita Que não deixava nascer o dia! Ninguém dormiu. O camarada, O arrais, o moço - e ao porão, Um contra-mestre aloirado, Tipo nórdico a fumar, Continuamente, cachimbo, Ia dizendo a uns dois Que arrumassem com cuidado A carga que ia descendo... O barulho dos guindastes Raspava na pele impulsos Que davam tosse e mau-estar E como de um gigante que dormisse Ouvia-se a respiração do mar!
Mas com a luz do Sol, oiro e alegria! Passam, agora, lentos e lavados - Só a vela de estaia vai erguida! Os barcos com os mastros levantados A caminho das docas onde ficam À espera de outras sáfaras iguais!
Uma mulher dá de mamar ao filho Ali sentada a um canto sobre o cais!
E como vamos ter para 2009 um orçamento que "baixa os impostos", não resisto a deixar aqui um mail, acabadinho de receber:
2009 será O ANO DO CONSUMISMO
ALEGRE-SE!
Segundo um dos mais renomados especialistas em economia e tendências do consumidor da Argentina, devido à atual crise econômica e financeira mundial, 2009 será o ano do...
É na solidão de ti que me desperto. num voo picado rente ao mar. à procura do horizonte que me vai fugindo cada vez mais. é na solidão que acordo do sonho. estendo as mãos vazias e guardo-as cheias de nada. ou de tudo. de dedos entrelaçados mas apenas sentidos. não apertados. ou soltos de ti. porque me escapas. porque voaste antes de mim. e agora o meu voo é solitário. sem as tuas asas para me cobrir. como manto, apenas as estrelas...
Foram-me atribuídos alguns prémios nos últimos dias, que desde já agradeço e menciono abaixo, com os respectivos selos:
Da Tulipa, do blogue De Abril em diante, da Agulheta, do blogue Mar de chamas, e da Salomé, do blogue Sentimentos, este prémio: Da Agulheta, do blogue Mar de chamas, e da Salomé, do blogue Sentimentos, estes prémios:
O prémio Dardos foi-me também atribuído pelo C Valente, do blogue C Valente.
Da Salomé, do blogue Sentimentos, estes prémios:
A Tufa tau, do blogue Tufa tau, ofereceu-me este prémio (quase igual a outro..) E a Lisa, do Mar de Chamas, ofereceu-me esta rosa vermelha: Não vou nomear ninguém para estes prémios. Vão ficar aqui, e quem passar pode servir-se... Resta-me agradecer à Tulipa, Agulheta (Lisa), Salomé, à Tufa tau e ao C Valente os prémios que me deram. Muito obrigada! Beijos a todos.
A ti regresso, mar, ao gosto forte Do sal que o vento traz à minha boca, À tua claridade, a esta sorte Que me foi dada de esquecer a morte Sabendo embora como a vida é pouca.
A ti regresso, mar, corpo deitado, Ao teu poder de paz e tempestade, Ao teu clamor de deus acorrentado, De terra feminina rodeado, Prisioneiro da própria liberdade.
A ti regresso, mar, como quem sabe Dessa tua lição tirar proveito. E antes que esta vida se me acabe, De toda a água que na terra cabe Em vontade tornada, armado o peito.
Sei que não sou praia e que tu nunca serás a onda que me beija o corpo. Sei que não sou vento e que tu nunca serás a nuvem que me cobrirá de branco e algodão. Sei que não sou cidade e que tu nunca serás o tempo que me construirá mais um bairro. Sei que não sou flor e que tu nunca serás a cor que me pintará os aromas. Sei que não sou terra e que tu nunca serás a água de me penetrar a alma e me fazer fecunda. Sei que não sou verso e que tu nunca serás a palavra que me levará para longe.
Sei que existo. E que existes. Apenas.
(há outros poemas do Pedro de que gosto mais. Mas são muitos. Perante a dificuldade em escolher UM, abri o livro ao acaso, na página onde está este...)
"Se pudesse era mãe do mundo. Para o poder ninar..."
Pedro Branco (comentário no "sonho de mãe negra", http://deveritatis.blogspot.com)
O Pedro é assim. A sensibilidade à flor da pele. Amanhã é dia de Pedro. Cumpriu-se um sonho, editou um livro de poemas. Ao fim da tarde, às 19 horas, na Galeria das Salgadeiras, é o lançamento de "Escolhas". O Pedro vai lá estar, com a viola. Eu também vou...
Caminhei contigo em silêncio sem me veres, sem me sentires pelas escarpas das rochas junto ao mar Continuo ao teu lado a tempo inteiro e se deres por mim dá um sinal talvez possamos, juntas, ver o luar...
"Este livro não é um livro de memórias pessoais, em que o autor se conta.
É uma "memória" de meio século, de 50 anos de intensa vida social e política, através de vivências de um economista e militante do Partido Comunista Português:
de 1958 (ano em que Humberto Delgado foi candidato a Presidente da República, em que começou o então chamado "Mercado Comum", e o autor votou pela primeira vez, se licenciou em economia no Quelhas, participou na viagem de fim de curso a Angola, decidiu entrar para o PCP, "assentou praça" na EPAM) a 2008 (este "ano de graça - e de desgraças - ", em que o autor vai colectivamente rejuvenescer na Festa do Avante! - a que nenhuma faltou -, e continuar a luta... que fez sua porque tomou partido na luta de classes.)"
O lançamento em Lisboa terá lugar amanhã, dia 6, no Centro de Trabalho Vitória, às 19 horas. Encontramo-nos lá...
A situação que se segue aconteceu num voo da British Airways, entre Joanesburgo (África do Sul) e Londres.
Uma mulher (branca), de aproximadamente 50 anos, chegou ao seu lugar em classe económica e viu que estava ao lado de um passageiro negro. Visivelmente perturbada, chamou a comissária de bordo.
- Algum problema, minha senhora? - Perguntou a comissária. - Não vê? - Respondeu a senhora - Vocês colocaram-me ao lado de um negro. Não posso ficar aqui. Tem de me arranjar outro lugar. - Por favor, acalme-se! - disse a hospedeira - Infelizmente, todos os lugares estão ocupados. Porém, vou ver se ainda temos algum disponível.
A comissária afasta-se e volta alguns minutos depois.
- Senhora, como eu disse, não há nenhum outro lugar livre em classe económica. Falei com o comandante e ele confirmou que não temos mais nenhum lugar nem mesmo em classe económica. Temos apenas um lugar em primeira classe.
E antes que a mulher fizesse algum comentário, a comissária continua:
- Veja, não é comum que a nossa companhia permita que um passageiro da classe económica se sente na primeira classe. Porém, tendo em vista as circunstâncias, o comandante pensa que seria escandaloso obrigar um passageiro a viajar ao lado de uma pessoa desagradável.
E, dirigindo-se ao senhor negro, a comissária prosseguiu:
- Portanto, senhor, caso queira, por favor pegue na sua bagagem de mão, pois reservamos para si um lugar em primeira classe...
Todos os passageiros que, estupefactos, assistiam à cena, começaram a aplaudir, alguns de pé.
«O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons...» Martin Luther King
(Este texto foi recebido por e-mail, vale o que vale. Que sirva, pelo menos, para pensarmos...)
Sou filho de família muito humilde, tão humilde que duma cortina velha me fizeram uma camisola. Vermelha. E por causa dessa camisola nunca mais pude andar pela direita. Tive de ir sempre contra a corrente, porque não sei o que se passa, que todos que a enfrentam vão sempre de cabeça ao chão. E por causa dessa camisola não mais pude sair à rua nem trabalhar no meu ofício de ferreiro. Tive de ir para o campo à jorna, pois assim ninguém me via. Trabalhava com a foice. e apesar de todos os males, sei trabalhar com duas coisas: com o martelo e a foice. Quase não compreendo como a gente quando me via pela rua me gritava: Progressista! Eu julgo que tudo era causado por ignorância. Talvez noutra circunstância já tivesse mudado de camisola. Mas como gosto muito dela porque é quente e me consola, peço-lhe que nunca se faça velha.
Ovidi Montllor (poema retirado do Cravo de Abril)
E já agora deixo aqui a cantiga "La samarreta", retirada igualmente do Cravo de Abril: