Tuesday, August 19, 2008
La Guitarra
Empieza el llanto de la guitarra
Se rompen las copas de la madrugada
Empieza el llanto de la guitarra
Es inútil callarla, es imposible callarla.
Llora monótona como llora el agua,
como llora el viento sobre la nevada.
Es imposible callarla,
Llora por cosas lejanas.
Arena del Sur calliente
que pide camelias blancas.
Llora flecha sin blanco
la tarde sin mañana,
y el primer pájaro muerto
sobre la rama.
! Oh guitarra!
Corazón malherido por cinco espadas.
( Federico García Lorca)
(5 Junho 1898 - 19 Agosto 1936)
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
31 comments:
Não há nada como uma coisa bem combinada! :)))
Bonito post!
Abreijos
Belo, homenagear Lorca no aniversário do seu nascimento!
Abreijo
Lá estou eu com os fusíveis trocados...
No aniversário da sua morte.
Abreijo
“Mas o que vou dizer da Poesia? O que vou dizer destas nuvens, deste céu? Olhar, olhar, olhá-las, olhá-lo, e nada mais. Compreenderás que um poeta não pode dizer nada da poesia. Isso fica para os críticos e professores. Mas nem tu, nem eu, nem poeta algum sabemos o que é a poesia.” García Lorca
Kiss
Uma bonita e merecida homenagem.
Um abraço
Não sabia... reparei na data. És tu, que te vou conhecendo...
Gosto muito de castelhano, é uma língua muito musical. E gosto de camélias brancas e, como sabes, do som da guitarra...
Um beijo em azul
Maria,
os poetas nunca morrem...
Bela homenagem.
Beijos, amiga.
"Llora flecha sin blanco
la tarde sin mañana,
y el primer pájaro muerto
sobre la rama..." - Lindissimo!
..."Se puede cantar al amor en todos los tonos y no ócurrir, sin embargo, nada en absoluto. Lo importante es hacer cantar al amor mismo."...
Henry-François Rey sobre Garcia Lorca, cantado por Paco Ibáñez, LP de 1967.
Lembranças tuas que outras trazem.
Bjinho
"A morte não foi apagamento para FEDERICO GARCIA LORCA, ao tombar crivado de balas em terra de su Granada", assim começa a "significação" com que Joaquim Namorado abre o seu caderno da Editorial Saber, de 1943 sobre a vida e obra de Federico Garcia Lorca.
Obrigado por ajudares a comprová-lo.
Grande abraço
Olá Maria!
Agradeço as tuas palavras. Obrigada por ainda te lembrares de mim, apesar da minha ausência.
Bjs. Boa semana.
Grato pela relembrança.
Aqui deixo um poema dele, que gosto muito.
Canção Tonta
Mama.
Eu quero ser de prata.
Filho,
Terás muito frio.
Mama.
Eu quero ser de água.
Filho,
Terás muito frio.
Mama.
Borda-me em teu travesseiro.
Isso sim!
Agora mesmo!
Beijo.
"Es imposible callarla..."
Assim como a morte não é capaz de calar os que escrevem com a verdade no coração.
Beijo enorme amiga-irmã
Aqui vai, em «troca» e com um beijo grande, a belíssima tradução do nosso Eugénio de Andrade.
GUITARRA
Começa o choro
da guitarra.
Partem-se as copas
da madrugada.
Começa o choro
da guitarra.
É inútil calá-la.
É impossível
calá-la.
Chora monótona
como chora a água,
como chora o vento
sobre a nevada.
É impossível
calá-la.
Chora por coisas
distantes.
Areia quente do Sul
pedindo camélias brancas.
Chora a flecha sem alvo,
a tarde sem manhã,
e o primeiro pássaro morto
nas ramadas.
Oh, guitarra!
Coração malferido
por cinco espadas.
Maria. Jamis alguém consegue calar a voz da liberdade e coração,aqui e agora vejo que os meus amigos hoje,me regalam os olhos de ler" Garcia Lorca, bem hajas por tal.
Beijinho doce Lisa
Excelente!...
Guitarra, tocá-la é dar um abraço...
Beijinho, Maria.
Abençoada pena que poder nenhum matará. O homem partiu mas a obra imortalizá-lo-á para sempre. Que poder é este que maltrata os filhos que lutam por ideais tão puros, tão justos, tão dignos?
Beijinhos
Ai Maria, ai Maria...
Lorca é tão.... tudo, que nem sei dizer o que sinto quando o leio.
beijinhos
...
Lorca pois!
e também a tua fuga em baixo.
beijo.
Para além de ler o lindíssimo poema ainda aprendi alguma coisa.
Já tinha visto o post do Samuel e pensei: isto deve ser por alguma razão. E era.
Não sabia da data.
Beijinhos querida Maria
diz-se que a guitarra chora "baixinho", maria.
encontro aqui um verdadeiro pranto.
um beijo
luísa
Que bom...tropeçar "nisto". Obrigado, Maria, pela lembrança.
Beijinhos
Ainda bem que vim ao teu blogue. Sabes, eu que ia postar sobre Lorca. Estamos bem informados. Adorei. Lorca diz-me muito. Como tudo o que tem a ver com a Andaluzia. E Espanha. E a guitarra. E os gitanos. E o sapateado. E Granada. E as sevilhanas. E o modo de estar espanhol no mundo que é o contrário do fado. A Espanha de Hemingway. A grandeza da morte frente à luta igual entre o touro e o homem. E o sapateado. E las cuevas de Granada. Onde a guitarra chora, mas com grandeza. Com o sapateado vencendo a lamúria. E as castanholas desafiando a tragédia. Eram las cinco de la tarde, Maria. Correu muito sangue. Sangue rubro e quente como os versos de Lorca. Olé, essa palavra que se grita nos campos de futebol, só tem sentido em Espanha, na entrega de peito aberto contra as balas daqueles que são contra a liberdade, na coragem de lutar contra a própria morte, em público. Boa ideia, amiga. Trouxeste o Lorca e fizeste bem. Eu já não o coloco no meu blogue.Mas desculpa o palavreado.
Beijo.
Eduardo
A lembrança do crime que o matou semore nos revoltará. Ele, continua a emocionar-nos.
Beijo por tê-lo trazido hoje
A melancolia gritante de Lorca!
Obrigada a todos por terem passado por aqui.
Depois de ler o comentário do Eduardo Aleixo, tenho que deixar, também aqui, este poema:
A las cinco de la tarde
A las cinco de la tarde.
Eran las cinco en punto de la tarde.
Un niño trajo la blanca sábana
a las cinco de la tarde.
Una espuerta de cal ya prevenida
a las cinco de la tarde.
Lo demás era muerte y sólo muerte
a las cinco de la tarde.
El viento se llevó los algodones
a las cinco de la tarde.
Y el óxido sembró cristal y níquel
a las cinco de la tarde.
Ya luchan la paloma y el leopardo
a las cinco de la tarde.
Y un muslo con un asta desolada
a las cinco de la tarde.
Comenzaron los sones de bordón
a las cinco de la tarde.
Las campanas de arsénico y el humo
a las cinco de la tarde.
En las esquinas grupos de silencio
a las cinco de la tarde.
¡Y el toro solo corazón arriba!
a las cinco de la tarde.
Cuando el sudor de nieve fue llegando
a las cinco de la tarde
cuando la plaza se cubrió de yodo
a las cinco de la tarde,
la muerte puso huevos en la herida
a las cinco de la tarde.
A las cinco de la tarde.
A las cinco en Punto de la tarde.
Un ataúd con ruedas es la cama
a las cinco de la tarde.
Huesos y flautas suenan en su oído
a las cinco de la tarde.
El toro ya mugía por su frente
a las cinco de la tarde.
El cuarto se irisaba de agonía
a las cinco de la tarde.
A lo lejos ya viene la gangrena
a las cinco de la tarde.
Trompa de lirio por las verdes ingles
a las cinco de la tarde.
Las heridas quemaban como soles
a las cinco de la tarde,
y el gentío rompía las ventanas
a las cinco de la tarde.
A las cinco de la tarde.
¡Ay, qué terribles cinco de la tarde!
¡Eran las cinco en todos los relojes!
¡Eran las cinco en sombra de la tarde!
(Federico García Lorca)
Beijos a todos
A las cinco de la tarde...
Obrigado, Maria.
Para nunca mais ser esquecido.
Beijo andaluz.
Eduardo
Voltei porque não resisti, depois de ver aqui o Eran las cinco en punto de la tarde: é só um dos poemas da minha vida.
Lindo demais.
Beijinhos
...Um dos muitos bonitos poemas de Lorca :)
eduardo aleixo
bluevelvet
parapeito
Obrigada por terem passado.
Os poemas de Lorca, e as outras obras de Lorcas, são lindíssimos....
Beijos
Isso dona Maria retada!
A guitarrra... Aiaiaiaai kkkkkk
bjs
O Sibarita
Post a Comment