O Presidente Manuel Zelaya regressou ontem às Honduras.
Fê-lo clandestinamente, como é óbvio, e perante a incredulidade do fascista Micheletti.
Este, começou por negar, com a arrogância provocatória que lhe é característica, a presença do Presidente legítimo nas Honduras, assegurando que Manuel Zelaya - que designou como «terrorista mediático» - se encontrava «numa suite de um hotel da Nicarágua».
Depois, foi obrigado a reconhecer a presença do Presidente Manuel Zelaya nas Honduras, na Embaixada do Brasil - às imediações da qual começaram a acorrer milhares de pessoas manifestando o seu apoio ao Presidente legítimo.
Dirigindo-se aos seus apoiantes, o Presidente Zelaya afirmou:
«Quero dizer-vos que estou comprometido com o povo hondurenho e que não descansarei nem um dia, nem um minuto, até afastar a ditadura do poder. A partir de agora ninguém me tirará daqui, pelo que a minha posição é: pátria, restituição do poder, ou morte».
E aludindo à resistência heróica do povo hondurenho, o Presidente disse: «Somos um povo unido e somos, por isso, um povo vencedor»
Entretanto, o fascista Micheletti decretou o estado de sítio e forças militares à sua ordem intimaram os manifestantes a afastar-se quer das imediações da Embaixada do Brasil quer da sede da ONU, onde também estão concentradas milhares de pessoas.
Os manifestantes recusaram-se a cumprir as ordens e declararam que vão manter-se ali.
Quer isto dizer que a luta do povo das Honduras pelo restabelecimento da democracia entrou agora numa nova e mais avançada fase - só possível, recorde-se, porque o povo resistiu e não parou de se manifestar um único dos 86 dias passados desde o golpe fascista.
Quer isto dizer, também, que a solidariedade com a luta do povo hondurenho é agora ainda mais necessária e premente.
(Retirado daqui)
Beatriz del Valle, vice de Patricia Rodas, chanceler do governo do Presidente Zelaya, afirmou que a repressão nas Honduras atingiu "níveis incríveis". Numa entrevista concedida à rede TeleSur, a diplomata contou que tem tentado levar alimentos e água às pessoas que estão na embaixada brasileira, e confirmou que várias das pessoas detidas estão a ser levadas para o estádio de beisebol Chochy Sosa, em Tegucigalpa. "Nunca pensei que veria níveis incríveis de repressão como estes que estão em curso no país", disse.
Ver outras notícias em TeleSur.
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19 comments:
Retirado... e muito bem!
Toda a solidariedade é precisa!
Abreijo.
Já lá comentei mas destaco aqui outra vez que o "vizinho" do Norte continua calado. Ai se fora na Colômbia!...
Abreijos.
Nunca conseguiremos um mundo perfeito, Maria, mas não nos cansemos de tentar!
Abraço grande das cegonhas de Silves :))
Roubei daqui para lá! Beijos Maria (e lá vamos para esta recta final! Sei que vais lá estar mas não, não espero encontrar-te a não ser, parafraseando Samuel que sejamos para aí 150 e tal!!!!)
Lutar e denunciar sempre todas as tentativas de aniquilar a democracia e a liberdade .
Beijo
Solidariedade, solidariedade, solidariedade!
Um beijo grande.
Denúncia e informação do que se está a passar, e solidariedade total!
Olá Maria, solidariedade para esse povo...
Beijos
Um mundo perfeito existe. Onde? Só os que sabem podem falar dele e encontrá-lo no mapa dos seus corações...
Os outros... Bah!
Beijo e paz*
Vi na televisão os militares a montarem cerco à Embaixa do Brasil onde se abrigou Zelaya. E não só, nas zonas limítrofes o aparato é o mesmo. Lembrei-me do Chile em 1973 quando a barbárie nazi de Pinochet assassinou Allende e se apoderou do poder com a conivência do "vizinho do Norte".
E hoje, o que faz o "Vizinho"? - silêncio!
O mundo dos homens livres está, obviamente, solidário com Zelaya e o povo hondurenho.
E aqulo que há de bom existe nos corações e não no mundo.
Solidariedade para este povo e também para os restantes no mundo que sofrem .
Beijinhos Maria
o que podemos dizer?
da américa latina espera-se tudo, infelizmente.
beijinho Maria
Também acompanhei a notícia...
Beijinho, minha Maria*
Maria:
De facto há claramente dois pesos e duas medidas!
há que denunciar a divulgar a situação
beijo
João
Eu torço muito, mas as últimas notícias diziam que agora estavam hostilizando brasileiros... e tudo isso por se querer uma situação de direito e democrata. Triste...
Beijinhos
A todos que passaram aqui devo dizer que a solidariedade com Honduras é cada vez mais premente. Aos que comentaram e aos outros 183 que passaram sem comentar. É nossa obrigação, de todos, agir.
Beijos
Olá Maria
Viste o comício / festa aqui em Alpiarça com o camarada Jerónimo? Foi de chegar ao coração de todo um povo que viveu intensamente o 25 de Abril, a liberdade e a alegria naquela praça que ele baptizou como sendo a praça da esperança.
Aguardamos com muita ansiedade e emoção os resultados das duas eleições que se avizinham.
bjos de liberdade e confiança no futuro
Ana Paula
Ana Patudos
Vi, Ana, vi a reportagem. E ontem no Campo Pequeno o Jerónimo referiu esse mesmo enorme comício, de que eu também vi fotografias no anónimo séc. xxi linkado na lateral...
Beijos
Vi na TV. Parece incrível como passada a barreiro do ano 2000, e com toda a experiência das ditaduras e do que elas fizeram no séc. XX haja ainda seguidores e apoiantes para estes ditadores. Sim porque a força deles está em quem os apoia.
Um abraço
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