Thursday, November 30, 2006
Calice
Estou só
com um cálice
onde trago o vinho amargo da saudade.
Queria-te comigo!
Oiço o vento e a água
mas não é o mar.
Vejo-te: estarias sentado
falavas do amor e da luta e do sexo
era um todo, muito cheio
e eu ria, e beijava-te.
Não, é mentira, não estou só
há um mundo de gente aqui,
onde te sonho e te sinto,
hoje, que estás
tão perto e tão longe...
Porquê, amor,
esta terra
que é força,
que somos nós,
me separa de ti?
Wednesday, November 29, 2006
Tuesday, November 28, 2006
Sunday, November 26, 2006
Este mar
Friday, November 24, 2006
Homenagem a Antonio Gedeao
A UM TI QUE EU INVENTEI
Pensar em ti é coisa delicada.
É um diluir de tinta espessa e farta
e o passá-la em finíssima aguada
com um pincel de marta.
Um pesar grãos de nada em mínima balança,
um armar de arames cauteloso e atento,
um proteger a chama contra o vento,
pentear cabelinhos de criança.
Um desembaraçar de linhas de costura,
um correr sobre lã que ninguém saiba e oiça,
um planar de gaivota como um lábio a sorrir.
Penso em ti com tamanha ternura
como se fosses vidro ou película de loiça
que apenas com o pensar te pudesse partir.
Thursday, November 23, 2006
O beijo
Monday, November 20, 2006
...***...***...
Acabei de postar, ontem e hoje, dois conjuntos de seis fotografias tiradas num dia de fola na Berlenga.
Porque sei que tenho amigos aqui que gostam muito da Ilha, gostaria de dedicar este trabalho ao
luís milheiro, joão marinheiro ausente, o'neves, moura, pirate, greentea, maria carvalhosa, frog, antónio rosa e à cor do mar!
Obrigada a todos por me visitarem.
Maria
Porque sei que tenho amigos aqui que gostam muito da Ilha, gostaria de dedicar este trabalho ao
luís milheiro, joão marinheiro ausente, o'neves, moura, pirate, greentea, maria carvalhosa, frog, antónio rosa e à cor do mar!
Obrigada a todos por me visitarem.
Maria
Uma fola em Maio de 1992 - Rendiçao de faroleiros
Ai a fola está "brava"!
Aí vem o Berlenga (navio da Marinha que faz a rendição dos faroleiros)
... um pequeno susto para quem estava na ilha...
... quase, quase a chegar ao cais...
Finalmente o regresso a terra
Para as rainhas da Ilha foi um dia como outro qualquer...
Esta rendição ficou na memória de todos quantos assistiram.
Foi todo o povinho que estava na ilha a ajudar a levar os barcos para a praia, retirar cabos que havia no cais, tirar as bagagens do Berlenga, colocar no mesmo as bagagens dos faroleiros que regressavam a terra, etc.
Daí só haver mais fotografias quando tudo estava a salvo e o barco partia...
Uma fola em Maio de 1992
Saturday, November 18, 2006
Lagrimas
Hoje o dia amanheceu igual
Fresquinho – mas com sol
Tu ainda estás em mim
E nas ondas que
Rebentam lá em baixo
Mas esta distância
Que nos separa...
********
Vou pedir ao vento
que te traga
********
Duas lágrimas são flores
do meu jardim
feito de cardos
- Dói-me o estômago
pela tua ausência
Fresquinho – mas com sol
Tu ainda estás em mim
E nas ondas que
Rebentam lá em baixo
Mas esta distância
Que nos separa...
********
Vou pedir ao vento
que te traga
********
Duas lágrimas são flores
do meu jardim
feito de cardos
- Dói-me o estômago
pela tua ausência
Friday, November 17, 2006
Adeus
Faz tempo que te espero
Serão dias, semanas, meses?
Nem sei
Só sei que te espero
E de repente
Vem-me esta dor no peito
Este querer beijar-te
Esta angústia de não te saber
Porque tu não vens
E hoje…
Hoje já é outro dia
Hoje para a Amigona, que está triste...
Serão dias, semanas, meses?
Nem sei
Só sei que te espero
E de repente
Vem-me esta dor no peito
Este querer beijar-te
Esta angústia de não te saber
Porque tu não vens
E hoje…
Hoje já é outro dia
Hoje para a Amigona, que está triste...
Thursday, November 16, 2006
Entardecer
Wednesday, November 15, 2006
Manias
Fui "convidada" pela amiga Cor do Mar a participar num desafio!! Aderi, e portanto o desafio consta do seguinte: cada bloguista participante tem de enunciar cinco manias suas, hábitos muito pessoais que os diferenciem do comum dos mortais. E além de dar ao público conhecimento dessas particularidades, tem de escolher cinco outros bloguistas para entrarem, igualmente, no jogo, não se esquecendo de deixar nos respectivos blogs aviso do "recrutamento". Ademais, cada participante deve reproduzir este "regulamento" no seu blog.
E então aqui vai:
1ª mania : Andar descalça
2ª mania : Lavar o chão mais do que uma vez por dia, para poder andar descalça (não gosto de encontrar "tarolos")
3ª mania : Perder a noção do tempo quando estou a ver o mar
4ª mania : Acreditar que ainda é possível um mundo melhor
5ª mania : Ligar o Mac assim que me levanto, mesmo que não vá utilizá-lo
Os meus convidados são :
1 - http://maresemaresias.blogspot.com
2 - http://almasolta.blogspot.com
3 - http://kaliynka.blogspot.com
4 - http://eraumavezumgirassol.blogspot.com
5 - http://tehecho.blogspot.com
E então aqui vai:
1ª mania : Andar descalça
2ª mania : Lavar o chão mais do que uma vez por dia, para poder andar descalça (não gosto de encontrar "tarolos")
3ª mania : Perder a noção do tempo quando estou a ver o mar
4ª mania : Acreditar que ainda é possível um mundo melhor
5ª mania : Ligar o Mac assim que me levanto, mesmo que não vá utilizá-lo
Os meus convidados são :
1 - http://maresemaresias.blogspot.com
2 - http://almasolta.blogspot.com
3 - http://kaliynka.blogspot.com
4 - http://eraumavezumgirassol.blogspot.com
5 - http://tehecho.blogspot.com
Monday, November 13, 2006
Meu amor
Não sei descrever o que sinto
Só sei que sinto
E que é muito forte
Toma-me toda, corpo e mente
Num turbilhão de pensamentos
De sentimentos
De ansiedade
Mas tu vens
E uma onda de ternura cobre-me o corpo
Que tu vais destapando
E suavemente descobrindo
Num lento movimento de vai e vem
Porque o amor é assim mesmo
Só sei que sinto
E que é muito forte
Toma-me toda, corpo e mente
Num turbilhão de pensamentos
De sentimentos
De ansiedade
Mas tu vens
E uma onda de ternura cobre-me o corpo
Que tu vais destapando
E suavemente descobrindo
Num lento movimento de vai e vem
Porque o amor é assim mesmo
O prometido e devido...
TROMBA DO ELEFANTE
"A ida à ILHA estava prometida..., agendada..., marcada e!!! era constantemente: desmarcada..., riscada da agenda..., mas a promessa, essa, continuava sempre firme!
Até que um belo fim de semana prolongado de Junho/2001, agendas livres! MUITO SOL, tudo preparado! Famílias, sacos (não era preciso muita roupa estamos em Junho), água, TUDO, tudo pronto para a aventura! (Há quem diga que no grupo de aventureiros ia um FRUTO da ILHA!). Chegámos a Peniche e o céu parecia que ia cair. E não é que caiu poucos minutos após
os nossos pés terem pisado terra firme, já na ILHA? E choveu... choveu... choveu..., o que nos salvou foram os belos sacos de plástico pretos (transformados rapidamente em gabardines) destinados à recolha de lixo da ILHA.....
Conclusão: Adorámos!
À ILHA TEMOS QUE VOLTAR!!!! "
Obrigada pela foto e pelo texto, Leonor!
Sunday, November 12, 2006
O amanhecer nas buzinas
Desapego
Eu desapego-me de todos os
bens materiais, porque só são meus
enquanto eu os puder utilizar
Mas não me quero desapegar
das minhas memórias,
das minhas tristezas,
das minhas alegrias,
dos meus amores,
dos meus amigos,
Porque esses, todos esses,
são a razão da minha existência!
Para o António Rosa
bens materiais, porque só são meus
enquanto eu os puder utilizar
Mas não me quero desapegar
das minhas memórias,
das minhas tristezas,
das minhas alegrias,
dos meus amores,
dos meus amigos,
Porque esses, todos esses,
são a razão da minha existência!
Para o António Rosa
Saturday, November 11, 2006
O cio da terra
Debulhar o trigo
Recolher cada bago do trigo
Forjar no trigo o milagre do pão
E se fartar de pão
Decepar a cana
Recolher a garapa da cana
Roubar da cana a doçura do mel
Se lambuzar de mel
Afagar a terra
Conhecer os desejos da terra
Cio da terra, a propícia estação
E fecundar o chão
Milton Nascimento
Chico Buarque/1977
Para a cor do mar
(ela sabe porquê)
Recolher cada bago do trigo
Forjar no trigo o milagre do pão
E se fartar de pão
Decepar a cana
Recolher a garapa da cana
Roubar da cana a doçura do mel
Se lambuzar de mel
Afagar a terra
Conhecer os desejos da terra
Cio da terra, a propícia estação
E fecundar o chão
Milton Nascimento
Chico Buarque/1977
Para a cor do mar
(ela sabe porquê)
Friday, November 10, 2006
Wednesday, November 08, 2006
68, Esmoreistraat
Vem daí
Saltar e correr
Dá-me a tua mão
Lá em baixo, na praia
Há um barco azul
Que nos há-de levar
À terra das flores
Onde o sol brilha fogo
Onde cada criança tem uma bola
E cada amigo é um livro
Vem daí
Vem dançar
Na espuma breve das ondas
Deixa teus braços
Asas de gaivota
Voarem ao vento
E as estrelas que tens nos cabelos
Esconderem-se de ciúme raiva
Porque o teu sorriso de mar
Aqueceu a noite
E tu não tens frio
Para a samaria
Saltar e correr
Dá-me a tua mão
Lá em baixo, na praia
Há um barco azul
Que nos há-de levar
À terra das flores
Onde o sol brilha fogo
Onde cada criança tem uma bola
E cada amigo é um livro
Vem daí
Vem dançar
Na espuma breve das ondas
Deixa teus braços
Asas de gaivota
Voarem ao vento
E as estrelas que tens nos cabelos
Esconderem-se de ciúme raiva
Porque o teu sorriso de mar
Aqueceu a noite
E tu não tens frio
Para a samaria
Tanto mar, tanto mar!
Acabadinha de chegar do concerto, estou assim cheia de Chico:
E foi assim que todos cantámos:
Tanto mar
Chico Buarque
1975
(primeira versão)*
Sei que estás em festa, pá
Fico contente
E enquanto estou ausente
Guarda um cravo para mim
Eu queria estar na festa, pá
Com a tua gente
E colher pessoalmente
Uma flor do teu jardim
Sei que há léguas a nos separar
Tanto mar, tanto mar
Sei também quanto é preciso, pá
Navegar, navegar
Lá faz primavera, pá
Cá estou doente
Manda urgentemente
Algum cheirinho de alecrim
* Letra original,vetada pela censura; gravação editada apenas em Portugal, em 1975.
E foi assim que todos cantámos:
Tanto mar
Chico Buarque
1975
(primeira versão)*
Sei que estás em festa, pá
Fico contente
E enquanto estou ausente
Guarda um cravo para mim
Eu queria estar na festa, pá
Com a tua gente
E colher pessoalmente
Uma flor do teu jardim
Sei que há léguas a nos separar
Tanto mar, tanto mar
Sei também quanto é preciso, pá
Navegar, navegar
Lá faz primavera, pá
Cá estou doente
Manda urgentemente
Algum cheirinho de alecrim
* Letra original,vetada pela censura; gravação editada apenas em Portugal, em 1975.
Tuesday, November 07, 2006
Uma ponta de outra ilha - o Baleal
Monday, November 06, 2006
O outro lado do estreito...
Sunday, November 05, 2006
Desabafo
Saddam Hussein foi condenado à morte por enforcamento por ser responsável pela morte de 142 shiitas em 1982.
Estou a ouvir neste momento GW Bush a comentar esta decisão. Diz que foi feita justiça. Tony Blair já tinha apoiado esta sentença, hoje ao fim da manhã.
Estou farta disto! Ninguém julga nem condena os senhores da guerra? Quantos morreram por ordem de GW Bush e seus apaniguados? Quem o vai julgar? Tudo isto é uma hipocrisia enorme.
Não gosto da Saddam Hussein, mas a intervenção no Iraque foi um tremendo erro político.
E porque hoje é domingo não escrevo mais nada. Nem sobre o bloqueio a Cuba, nem sobre a alegria que a Condoleeza Rice teria em ver Fidel Castro morto.
Deixem viver os povos em paz! Eles saberão encontrar a solução para os seus problemas...
Saturday, November 04, 2006
Um abraço
Se eu estivesse aí
dava-te a mão e
íamos correr pela praia
para soltares toda a mágoa
que tens na alma
Se eu estivesse aí
dava-te o meu ombro
para poderes chorar à vontade
e soltares a angústia
que te vai no peito
Se eu estivesse aí...
Mas eu não estou aí
Por isso aqui vai
em pensamento
um grande abraço.
Estas palavras são para A Cor do Mar
dava-te a mão e
íamos correr pela praia
para soltares toda a mágoa
que tens na alma
Se eu estivesse aí
dava-te o meu ombro
para poderes chorar à vontade
e soltares a angústia
que te vai no peito
Se eu estivesse aí...
Mas eu não estou aí
Por isso aqui vai
em pensamento
um grande abraço.
Estas palavras são para A Cor do Mar
Friday, November 03, 2006
Thursday, November 02, 2006
Terra
Fosse eu mar
e levava-te num barco
sobre águas mansas
até ao pôr do sol
Fosse eu fogo
e aquecia-te nas noites
frias de inverno
até que chegasse o verão
Fosse eu terra
e em mim germinaria
a tua semente
fruto do amor que
não fizemos
mas que vamos fazer
um dia!
e levava-te num barco
sobre águas mansas
até ao pôr do sol
Fosse eu fogo
e aquecia-te nas noites
frias de inverno
até que chegasse o verão
Fosse eu terra
e em mim germinaria
a tua semente
fruto do amor que
não fizemos
mas que vamos fazer
um dia!
Wednesday, November 01, 2006
Ausencia
Quando apenas nos resta o amor
que vivemos
Quando as estradas que percorremos
já não são as mesmas
Quando te vejo em todos os rostos
sem te ver
Quando te desejo todas as noites
sem saber
Quando a tua voz é já apenas
um eco distante
Quando dessa força que me deste
só resta um querer
Tu estás presente – e o teu cheiro
agarra-me
magoa-me
envolve-me na noite
E adormeço, enfim,
Com uma dor no peito
pela tua ausência
que vivemos
Quando as estradas que percorremos
já não são as mesmas
Quando te vejo em todos os rostos
sem te ver
Quando te desejo todas as noites
sem saber
Quando a tua voz é já apenas
um eco distante
Quando dessa força que me deste
só resta um querer
Tu estás presente – e o teu cheiro
agarra-me
magoa-me
envolve-me na noite
E adormeço, enfim,
Com uma dor no peito
pela tua ausência
Nameless
Pudesse eu dizer
Que temos uma estrela
na mão
Que temos um mar nos olhos
Pelos amigos que partiram
Talvez pudessemos ser vento
E afagar as crianças
que nos rodeiam
Mas que são a certeza
do amanhã
Que temos uma estrela
na mão
Que temos um mar nos olhos
Pelos amigos que partiram
Talvez pudessemos ser vento
E afagar as crianças
que nos rodeiam
Mas que são a certeza
do amanhã
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