Monday, April 27, 2009

*


Pudesse eu despir esta pele e olhava-te bem, meu amor. Que os meus olhos nascente do rio ainda não secaram. E o rio ainda não chegou à foz.
Pudesse eu dizer da paixão e olhava-te bem, meu amor. Que a fome cá dentro ainda não sossegou. E os sonhos avivam as memórias.
Soubesse eu mudar o rumo dos meus passos e olhava-te bem, meu amor. Porque te olho e não te vejo. Toco-te e não te sinto. Não sei de ti.
E todas as recaídas me levam ao silêncio... que sei ser para sempre...

37 comments:

Delfim Peixoto said...

Como eu te entendo, Maria!
Um beijo doce, hoje, daqueles que são beijos, por serem somente beijos doces!

Anonymous said...

Apesar de nada ser eterno nem ser para sempre, mais dói quando o silêncio das recaídas é um silêncio que se torna silêncio interior.
Mas até a nossa vida é silêncio, só quebrado quando paramos para falar com o nosso Eu interior.

Aten

João Paulo Proença said...

Maria:

Soubesse eu compreender-te(me) e seria tudo muito mais fácil

Beijo

João

TeeBee said...

Olá Maria

De vez em quando a vida torna-se pesada.
Mas... amanhã o sol brilha

Beijos

Teresa

mariam [Maria Martins] said...

Maria!
excelente texto! resposta linda a um outro texto não menos fantástico!

boa semana
um grande abraço amigo e o meu sorriso :)
mariam

João JR said...

Querida amiga, venho agradecer-te antes de comentar o teu post. só podias ser a primeira a comentar no meu ultimo Maria...!nada nesta vida é por acaso:)
Obrigada pelo teu constante carinho e duradouro...serás seguramente a primeira onde irei. Mas muito provavelmente com outro nome...(depois de ter tempo para o criar,pq tenho cada vez menos tempo livre) por isso não te espantes, quem sabe um dia entenderás!é que a "anónima" que me refiro, não é uma anónima...sei bem quem ela é..eu apenas sou educada! Ela neste momento tem, aliás, muitas identidades...e é surreal cada texto seu demente! E não me insulta, nunca teve sequer esse poder, mas faz pior que isso...insulta a minha inteligência e de algumas pessoas que eu amo, e isso não admito a ninguém! É um ser ruim, é mal formada, mal amada, miseravelmente infeliz, por isso não quer ver a felicidade de ninguém..entendes? Por isso é que tomei esta decisão. Já não suporto ler tanta indignidade! Não combina comigo..! Quanto aos comments e alterações q falas, nem sei ainda do q falas...quando o criar vou ter atenção a que seja igual aos meus blogs actuais, fica tranquila, porque as tuas visitas valem ouro para mim!

Quanto a este teu post...noto alguma tristeza e desalento em ti..humildemente te aconselho, nunca percas a tua dignidade e auto-estima, nunca deixes que ninguém pise em ti, seja pelo que for. Pois quem te ama jamais te fará sofrer..E tu és uma mulher especial, e que eu gosto de ler. Triste ou feliz, porque ambos os estados fazem parte da vida. Mas a vida é bela Maria, vive-a como se não houvesse amanha:)))
Beijo grande amiga, e o meu grande xi-coração. Tb gosto mt de ti Maria!

Carminda Pinho said...

Maria,
As tuas palavras comovem-me sempre.
Os sonhos avivam as memórias, dizes tu, e eu estou tão de acordo contigo...

Beijos

Isabel said...

Sinto-me uma ingrata; pois, apesar de serem muitas as vezes que passo por aqui, tantas são em que me delicio com as tuas palavras mas não deixo uma que demonstre o meu agrado. São vontades que, por vezes, não tenho vontade de contrariar.
Hoje, tenho que te dizer "Obrigada, AMIGA, pelo carinho com que me tratas e as palavras de força que me deixas".

Beijinho e uma boa semana

simplesmenteeu said...

o sorriso fez-se ternura, quando tu sorriste.
o grito fez-se força, quando tu gritaste.
a canção anda todos dias na tua voz. é um hino de Liberdade e Amor!

-alimentas os que te visitam, com os teus poemas e o teu afecto-

(vim para te ler e comentar. perante a beleza das tuas palavras tristes, resolvi repetir o que te disse em resposta ao teu comentário. sei que vais entender)

o abraço forte e carinhoso
de Sempre

A CONCORRÊNCIA said...

Com a tua força imensa, renascerás em cada recaida, mais forte e mais doce, como só tu sabes ser ...

Beijo grande Maria e uma boa semana para ti.

mjf said...

Olá!
O silêncio por vezes é bom companheiro e conselheiro...
Eu gosto de pensar que nada é para sempre :=)

Beijocas
Boa semana

clic said...

Deixo um abraço, levo o prazer de te ler...

Teresa Durães said...

talvez as recaídas sejam para sempre mas várias vezes podemos cair, outras, prosseguir

Fernando Samuel said...

Para sempre?: talvez não...

Um beijo grande.

pin gente said...

muito bonito, maria!
a fome nunca sossega, sossega?!
um beijo enorme... muito maior que a nossa distância.
beijoooooooooooooooooooooooooooooooo...
luísa

BF said...

Revi-me nas tuas palavras Maria.
Lindísso. O Sentir das tuas palavras podem ser as minhas.

Beijinho
BF

Maria P. said...

Belíssimo...
Soubesse eu dizer assim, talvez escutasse.

Beijinho, minha Maria*

Unknown said...

Gosto da pele, sempre presente, nos teus poemas.

A.S. said...

Maria...

Que nenhuma luz se apague
enquanto os olhos a pedirem...

Que nada na vida se esqueça
antes que aconteça...


Um terno beijo...

Agulheta said...

Maria. Sempre as memórias que voltam,mas este sentir teu em palavras!.
Beijinho e tudo de bom

Pitanga Doce said...

Guarda pra ti o silêncio enquanto ele é só teu. Pior quando é a dois.

Adriana said...

Um texto lindo!
bjs

utopia das palavras said...

Para sempre...no teu silêncio!


Dou-te um beijo

Cõllybry said...

Saber?será que não?, por vezes o medo o impede, sómente...

Terno beijo

Baila sem peso said...

O silêncio é palavra muito forte!
Mas nele podemos gritar sem norte
nem passaporte!
E na palavra que aqui tens
as memórias somam alguéns...
que ficam presas, em grade forte!

(Obrigada pela ternura lá no meu cantito no dia que a minha princesinha comemora 24 anitos, e me fez sentir rainha! Obrigada pelos parabéns e pelos beijos!)

Beijos para ti

vieira calado said...

"...os sonhos avivam as memórias."

A quem o diz!

Beijinhos

AnaMar (pseudónimo) said...

Hoje sou eu que não tenho palavras para ti.
Um beijo.

Pedro Branco said...

Atiro-me às palavras como fera louca, desnorteada. Carrego-as com todo o peso da minha história, dos meus sonhos. Afogo-me tantas vezes que cada falta de ar acaba por inventar-se numa nova maré de flores. A minha estrada é um manto de solidão e abraços. Beijos e gritos. Sonhos. Lá, encontro todas as almas e paixões. Sinto-me bem na minha estrada. Mesmo em lágrimas feitas ribeiro que desce pelos montes e apanha outros ribeiros e se faz rio e se faz mar. E depois somos todos mar. Esse imenso canto das entranhas onde nos deitamos para nos deixarmos ir pela vertigem.
Atiro-me às palavras como fera, nas ausências fecundas da pele ou no calor da saudade. Dessa cortina que em nós anda de mão dada com o olhar. Serenamente a inquietação da passagem brota o seu odor a vida e riso. Inquietantemente o sossego de um amor antigo, de mais um amor perdido. Rasgo-me em farrapos para novamente renascer. Porque nunca morri. E é assim mesmo: nem sempre a morte se anuncia... Nunca morro enquanto houver palavras, Maria. Como tu.

Um beijo.

De Amor e de Terra said...

Minha querida Maria,

Os "Sempre" e "Nunca" da vida
feitos pela desilusão
são primavera perdida;
mas 'inda tens o verão!...


Maria Mamede

Bjs.

Maria said...

Muito obrigada a todos que passaram por aqui.

Beijos

maré said...

pudesse eu vestir a pele de outro mar...
sossegar os olhos no vinco terrestre que os teus deixarem

pudesse eu...

_____-

lindo Maria

um mbeijo

Arábica said...

"Que os meus olhos nascente do rio ainda não secaram".

E o mar chama.


Abraço

Manuel Veiga said...

uma dor finissima - "que arde sem se ver..."

muito bonito.

beijos

Filoxera said...

Amiga:
És sensacional com as palavras.
Tocam-me sempre.
Beijos.

Cristina Caetano said...

¨Que a fome cá dentro ainda não sossegou.¨ E quando sossega? Nem sei se é bom ou mal que um dia sossegue, ultimamente nada sei de nada.

Beijinhos

Aprendiz de Poeta said...
This comment has been removed by the author.
Maria said...

Muito obrigada por terem passado aqui.

Beijos